Ser criativo não é uma habilidade exclusiva de artistas. Pelo contrário, é algo que todos nós podemos ser e nos beneficiar muito com isso. É mais do que ser inventivo, é olhar para as situações do cotidiano com presença, avaliando uma a uma e buscando novas formas de vivenciar aquilo que parece dado.
Existe o senso comum que martela em nossas mentes as frases feitas mais simples, que tem um poder limitante imenso. As reproduzimos sem pensar muito em sua utilidade ou relevância na atualidade.
Da mesma forma com nossas emoções e comportamentos. Ao enfrentarmos dificuldades em um relacionamento, logo nos lembramos da última vez que vivemos algo parecido e, de forma consciente ou não, replicamos as mesmas respostas, mesmo que essas não sejam as melhores. O mesmo acontece no trabalho, na vida afetiva. Devemos dar a liberdade do ser criativo para esses momentos.
E o resultado? Bem, se não respondemos ao que se apresenta de forma a criar algo novo, os mesmos problemas se repetem. Se você gritava no último namoro e continuar gritando no atual, não desenvolveu uma forma melhor de se relacionar e o resultado é o mesmo: desgaste. Desenvolver o ser criativo é desenvolver a capacidade de dar respostas novas às mesmas perguntas, compreendendo que nunca são exatamente as mesmas. E aí sim, viver a vida que de fato nos trás alegria, evoluindo a cada dia e amadurecendo diante das adversidades. Logo, o ser criativo não é uma habilidade exclusiva de artistas.
Texto: Isabella Lima
Psicóloga 05/56132
Mestranda em Psicologia/ UFRJ